“Molon Labe”, isto é o que foi dito pelo Rei Leônidas de Esparta, que comandava um exército de aproximadamente 7.000 homens, no ano de 480 A.C, na Guerra das Termópilas. Esta frase foi dita em resposta às exigências do Rei Xerxes I, de Pérsia, que ao contrário de Leônidas, comandava um exército de aproximadamente 100.000 homens (algumas fontes dizem 300.000), a ordem de Xerxes foi para que os espartanos abaixassem, entregassem suas armas e se rendessem, o Rei de Esparta respondeu com esta simples frase: “Molon Labe” (Venham buscar.)
O final da história todos conhecem, é o que os livros de história nos ensinam, os Gregos conseguiram segurar os Persas por três dias, mas foram aniquilados posteriormente, entretanto, causaram graves danos ao exército persa, e, principalmente, atrasaram seu avanço até Atenas.
Uma resposta simples foi a do Rei Grego, mas seu significado é complexo – Se querem nossas armas, basta vir busca-las, mas saibam, não as entregaremos com facilidade, haverá derramamento de sangue. Podemos perder a batalha, podemos perder nossas armas, podemos até mesmo morrer, mas lhes garanto, haverá perdas do seu lado também. Estamos dispostos a lutar, morrer e matar por nossa liberdade, por nossas famílias. Não seremos submissos a suas tiranias, não seremos escravizados e não ficaremos impotentes perante seu Reino, preferimos morrer a ter que enfrentar tudo isso.
Esse é o significado que a palavra carrega, uma simples mensagem, um simples aviso de que, se o Estado quer nossas armas, que venham busca-las eles mesmos, pois, não ficaremos submissos a suas tiranias, não seremos submissos a todas as ordens de um governo tirano. Não ficaremos a mercê da vontade do Estado em salvaguardar nossas vidas.
Este significado ganha força nos dias atuais, principalmente quando paramos para analisar nossa situação com a de países estrangeiros mais bem armados, como a Suíça onde 80% de seus cidadãos possuem ao menos uma arma de fogo dentro de casa, e, a pouco tempo atrás, votou em um referendo sobre o controle de armas. O referendo falhou vergonhosamente, e a população votou pelo não controle de armas, ela não se rendeu ao Estado. A sociedade faz o Estado temer ela e não o contrário. Neste país, os cidadãos é quem mandam no Governo e não o inverso, pois, estes sabem que, caso cause danos sérios aos direitos das pessoas e ao modo de vida de sua população, caso tolham seus direitos, consequências graves podem ocorrer. Um cidadão legalmente armado é uma ameaça ao Governo, pois, ele consegue bater de frente com as forças governamentais e não se renderá a suas falácias e promessas mentirosas.
Em nosso país, enfrentamos em 2005 um referendo parecido com o dos suíços. A vitória do NÃO completou 9 anos hoje, no dia 23/10/2014, onde 63,94% do eleitorado brasileiro disse NÃO ao desarmamento, 59.109.265 de brasileiros disseram NÃO ao desarmamento. Mas esse não era o resultado que o governo esperava, não, ele espera que aqueles 36,06% fossem na verdade a maioria, o Estado esperava implantar o controle total de armas em nossa sociedade, mas isso não foi possível,pois o povo brasileiro votou coerentemente no NÃO, mostrando ao Estado que ele também não quer ser submisso a suas tiranias. Porém, o Estado foi traiçoeiro, o governo traiu a população. A ordem dos políticos aos departamentos de Polícia Federal é, NÃO liberem a compra de armas para a população, não deixem, mesmo que cumpram TODOS os requisitos, que um cidadão tenha a posse e o porte de uma arma de fogo.
E assim vem sido feito. Delegados indeferem pedidos de posse e porte sem justificativas concretas, por motivos abstratos, estes que são, juntamente com o governo, traidores do povo que jurou proteger. Para negar o pedido dizem que a pessoa não tem motivos suficientes para precisar de uma arma, como se a proteção à sua vida, de seus familiares e de seus bens fossem motivos fúteis. Eles não cumprem a lei que rege, eles a interpretam, sendo necessário Mandados de Segurança, e altos gastos com advogados para que o direito do cidadão seja mantido, elitizando assim os possuidores de armas de fogo legalizadas, e jogando para a ilegalidade aquele menos favorecido que não tem condições de exigir seus direitos perante um juiz, e acaba comprando uma arma de fogo ilegal para se proteger; sem registro, sem buRRocracia, sem restrições, sem preços absurdos, sem demora, e assim o Estado acaba perdendo o controle do que ele mais tenta controlar: as armas.
1 Comentário
PERFEITO AMIGO Ricardo M. Andrade, O TEXTO NÃO PODERIA ESTAR MELHOR .
CONTINUAREMOS A LUTAR,POIS SABEMOS QUE POR TRAZ DO DESARMAMENTO CIVIL SE ESCONDE A COVARDIA DE UM GOVERNO TIRANO E GENOCIDA , UM GRANDE ABRAÇO, E PARA OS QUE PENSAM QUE IREMOS DESISTIR “MOLON LABE”