Início » Desarmamento » A UTOPIA MORTAL

A UTOPIA MORTAL

por Ricardo M. Andrade
3 Minutos de leitura

Quantas vezes você já ouviu de algum político: “nós vamos investir em segurança pública! ” Inúmeras vezes, não? Pois bem, o tempo passa e o que você vê de concreto? Pense comigo: como era a segurança pública há 30 anos. E há 20 anos? E a 10?

O suposto investimento em segurança pública, simplesmente não existe. E se ele existe, seus resultados são pífios. Vejamos alguns números: em 1980 foram cerca de 8 mil homicídios. Já em 1990 foram cerca de 20 mil. Em 2000 cerca de 34 mil, em 2012 cerca de 42 mil e por fim mais de 58 mil em 2014 – segundo os dados oficias.

Neste período vários governos se alternaram no poder. Entretanto em todos os governos sempre houve um ‘plano’, ‘um pacto’, ‘um choque de mudança’, entre outros nomes com pompa, mas sem resultados. Porém há de se notar alguns fatos importantes, como por exemplo: a utópica constituição de 1988. Uma constituição que é a cara do Brasil: cheia de direitos sem ter grandes deveres.

A charge enaltece a hipocrisia governamental, que dizem que as armas são ruins, quando eles mesmos estão sobre a guarda de dezenas de seguranças fortemente armados.

A charge enaltece a hipocrisia governamental, que diz que as armas são ruins, porém estes mesmos governantes estão sobre a guarda de dezenas de seguranças fortemente armados.

A supracitada constituição reflete bem a mentalidade política Brasileira. Eles acreditam piamente em sua caneta mágica e que com ela irão resolver os problemas do país sem perder seus privilégios, muito pelo contrário, na maioria das vezes, aumentam seus privilégios. Eles NUNCA criaram empecilho para os próprios, por exemplo, terem e portarem armas.

Pois bem, com a constituição grandes alterações vieram e lembra-se dos números? Passou-se de 20 mil para 34 mil homicídios. Uma destas grandes alterações se deu em 1997 quando se criou o SINARM e criminalizou o porte de armas de fogo.

Depois, em 2003, mais uma grande revolução: o estatuto do desarmamento. Mais uma vez, voltaremos aos números: passamos de 34 para 42 mil e então para 58 mil homicídios.

Segurança pública não é brincadeira. São vidas perdidas em busca desta utopia chamada paz. Enquanto senhores sem índole ou princípios mentem para uma população cega, pais e mães choram por nunca mais verem seus filhos retornando para casa. Somos vítimas indefesas que convencidos de que “eles vão me proteger, então eu não preciso ter uma arma” deixamos nos levar por esta utopia mortal.

Este texto foi escrito por André Felipe Oliveira, amigo, apresentador e criador do canal Tchô Perguntar, no Youtube, a quem disponibilizei o espaço para publicação de seu artigo. Obrigado pela contribuição em nosso blog.

You may also like

2 Comentarios

Alessander 27/11/2015 - 11:40

Simplesmente sensacional e coerente!!! Em apenas alguns parágrafos resumiu o pensamento de milhões de brasileiros que,assim como eu,defendem o Estatuto da Legítima Defesa ( PL3722/12 ). Parabéns pelo artigo!

Resposta
Antonio 14/04/2019 - 22:07

São 0,38 porcento da população que possuem armas legalizadas. Nem 1 porcento (armas de prateleira), pois se você sair de casa com ela acaba preso, mesmo com porte de arma. Dizer que os fuzis, e calibres restritos que os bandidos usam vem na maioria do roubo de armas registradas é DE UMA IGNORÂNCIA ÍMPAR. Aliás são mais de ? mil assassinatos por ano, ou seja nem que roubasse todas as armas legais do Brasil no ano com os míseros 50 cartuchos possíveis você teria uma quantidade de assassinatos tão grande. Isso é simples matemática. A lei do desarmamento ama desculpa para tratar o sol com a peneira, só que é um sol de sangue de milhares de vidas perdidas todo ano de pessoas que não podem se defender.

Resposta

Comente essa publicação