Sejam bem vindos a mais um calibre da semana, recebi algumas dicas sobre qual calibre escrever, como o 4,6x30mm da HK, 6mmBR, .45 GAP, mas como encontrei pouco material sobre estes, preferi falar escrever sobre outro calibre e continuar a pesquisa sobre os calibres indicados e falar sobre eles futuramente. Esta semana falaremos sobre o calibre .300 BLK.
Mesmo com o calibre 5,56x45mm NATO tenha sido muito bem aceito pelas forças militares, e tenha se espalhado por todo o mundo, a natureza de algumas missões das Forças Especiais Americanas, as vezes necessitava de um calibre que pudesse fornecer não só uma melhor performance balística, mas também oferecesse uma boa performance subsônica, que fosse melhor que a performance do 9mmP.
O .300 BLK foi criado justamente para satisfazer essas necessidades, seus desenvolvedores foram a Advanced Armament Corporation, em cooperação com a Remigton Defense, sob direção do Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Robert Silver, da AAC e também com a ajuda do fundador da companhia, Kevin Brittingham.
Os objetivos do projeto eram:
- Criar uma munição confiável e compacta de calíbre .30 para a plataforma AR;
- Usar carregadores já existentes;
- Criar uma plataforma ideal para supressão de som e chama;
- Criar uma munição supersônica que fosse compatível com a performance de uma 7,62x39mm
- Criar uma munição capaz de penetrar barreiras com um projétil de grande massa;
- Proporcionar a todos os recursos em uma munição com recuo leve, durável e mais curta.
Os objetivos alcançados permitiram que a equipe de desenvolvimento negassem muitas das desvantagens percebidas referentes a calibres maiores, quando utilizado na plataforma M4. A Colt e outros produtores de armamento tinham, previamente, feito fuzis, rifles e carabinas no calibre .30, mas diversos problemas ocorreram. No caso do 7,62x39mm, o angulo da munição causou problemas de alimentação, a não ser que se usasse carregadores de AK modificados, mas mesmo assim os resultados não eram muito bons. Ferrolhos modificados também foram necessários para suportar este calibre. As munições em 6,8 SPC (Só Para Contrariar, brincadeira, rsrsrs, significa Special Purpose Cartridge) e o 6,5 Grendel possuiam similaridades mas tinham alguns problemas ao se intercambiárem, porém, permitiam o uso em um carregador STANAG com a capacidade de 30 munições.
Tendo a plataforma AR em mente como o primeiro tipo de arma a usar o .300 BLK, os projetistas puderam trabalhar em uma plataforma que não só satisfizessem os requerimentos balísticos, mas tmbém garantir a confiabilidade mecânica com o menor número de mudanças possíveis na arma, no caso a simples troca de cano, de um AR em 5,56×45 é o suficiente para converter este fuzil em um .300 Blackout.
O .300 BLK foi aceito pela SAAMI no dia 17 de Janeiro de 2011, e no dia 23 de outubro de 2011, Daniel Horner da “U.S Army Markanship Unit” (USAMU), usando um rifle em .300 BLK, venceu sua 4ª competição da USPSA Multi-Gun national Championship.
2 Comentarios
Gostaria de saber se este calibre está permitido no Brasil, segundo as especificações da nova portaria?
Semi-auto ou bolt action?
Infelizmente não, continua sendo um calibre restrito.