Existe um preconceito enraizado e difundido pela mídia, que quem é de direita tem que gostar de armas, e quem é de esquerda ou faz parte de uma minoria, tem que odiar armas. Que armas não são cool, que não é politicamente correto gostar de armas. O fato é que isso é uma grande besteira.
Criou-se um estereótipo do perfil de pessoas que gostam de armas, ou de quem nem tem, mas gosta do assunto, que está muito longe da realidade. Gostar ou não de algo não tem absolutamente nada a ver com posicionamento a respeito de outros temas. Na cabeça de muita gente, se alguém gosta de armas, tem que ser contra aborto, a favor de pena de morte, a favor da intervenção militar, contra liberação das drogas, contra casamento homossexual, tem que ser branco, tem que ter dinheiro, tem que ser contra o PT, tem que ser libertário, tem que ser religioso, e por aí vai. Esses assuntos não tem relação nenhuma com gostar ou não de armas. São tópicos importantes, mas o apoio ou não a qualquer um desses não te desqualifica como potencial dono responsável de armas.
O que muita gente não entende é que o mundo de armas de fogo, principalmente nos EUA, não é uma coisa exclusiva (cara), como talvez seja no Brasil. Apenas gostar de armas de fogo, entender que seu uso defensivo ou recreativo é universal. Qualquer indivíduo pode se beneficiar disso. Qualquer um, de qualquer classe social, idade, raça, credo, opinião política, pode gostar. No clube de tiro que eu vou tem gente de todo tipo. Aliás, tem muito mais gente que não se encaixa no estereótipo do dono de armas americano, o branco, redneck, de meia idade, de camiseta com bandeira dos Estados Unidos, mascando tabaco. Esse, para falar a verdade, eu raramente vejo.
Como exemplo, algumas semanas atrás fui atirar com um brasileiro amigo do Youtube, que ficou surpreso e me disse: “Cara, pensei que você ia chegar numa caminhonete, daquelas típicas de redneck, com um fuzil pendurado na janela.” O que ele viu foi uma pessoa mediana, com aparência inofensiva, com roupas casuais, chegando de van tipo mamãe de subúrbio, com duas cadeirinhas de nenê. Claro, cheio de armas no porta malas, mas ninguém assume que aquela pessoa (eu) é uma amante de armas de fogo.
Uma coisa que, aliás, me deixa perplexo na lógica do estereótipo desarmamentista é que, minorias e pessoas de porte físico menor, na verdade, tendem a se beneficiar muito mais do uso de armas de fogo do que o estereótipo do dono de armas (homem branco conservador). O criminoso irá sempre atacar quem oferecer menor resistência, com o maior ganho possível. Uma mulher tem muito mais chances de evitar um estupro, que é um crime quase exclusivamente aplicado em mulheres, se armada com uma arma de fogo do que desarmada. Um indivíduo de uma minoria perseguida, tem muito mais chances de sobreviver um ataque se tiver uma arma de fogo.
É óbvio que o foco é o indivíduo. Este tem que ter a opção de querer se defender com os melhores meios possíveis (arma de fogo). Qualquer pessoa, mesmo com suas ideologias, mas com o mínimo de intelecto e senso crítico, consegue entender os benefícios do direito individual de ter e portar armas. O problema é quando aliam o controle social ao controle de armas.
Controle de armas não é exclusivo de nenhuma ideologia, tiranos ou aprendizes de tiranos adoram isso. No Brasil, piorando na década de 1930, tivemos cada vez mais controle de armas, independente da ideologia no poder. Desde Vargas, um ditador, passando por governos democráticos, depois novamente ditadura, depois democracia, e agora com o governo atual.
Eu conheço muitas pessoas, através do canal do Youtube, com ideologias diversas, que amam armas de fogo. O pessoal de direita é mais vocal a respeito disso, mas eu vejo cada vez mais pessoas de esquerda sendo vocais contra o desarmamento. No fundo, quem pensa sabe que não funciona, que é dar um tiro no pé do país e dar sinal verde para os criminosos e tiranos de plantão. Todos perdem.
Portanto, pra responder a pergunta do artigo, baseado na minha convivência com outros atiradores e com a comunidade do Youtube, o perfil de quem gosta de armas simplesmente não existe. Todos podem gostar, independente de posicionamentos políticos, ideológicos, de características individuais e de opiniões em qualquer outro tópico. Gostar de armas, pra quem quiser, é universal.
2 Comentarios
Parabéns pela postagem! Concordo com você. Também sou amante das armas, não só as de fogo, mas de forma geral. Todas tem seu encanto, sua eficiência e a hora correta de serem usadas com vantagens sobre as outras.
Sou atirador aqui no Brasil (uma pena que seja aqui…) e sinto por ideias, postagens e divulgações como estas não atingirem a massa de pessoas as quais tem que se livrar da manipulação de uma mídia que tolhe os direitos do povo em prol de um benefício próprio.
Um abraço e continue sempre em frente.
Cara eu gosto de armas desde criança quando comecei a jogar jogos de Tiro em Primeira Pessoa,o primeiro que me lembro foi Quake 1.Fui inicialmente atraído pelo design e sua beleza.Só na Adolescência descobri o lado prático da coisa,como o Desarmamentismo é errado e tolo e que nosso país pós-monarquia absoluta foi pisado por 9 ditadores:Getúlio,os 5 Generais da Ditadura e o Triunvirato que assumiu depois da morte do Costa e Silva após os Generais violarem mais uma vez Lei e inventarem que a “Presidência” estava vaga mesmo tendo o Pedro Aleixo,vice-do Costa e Silva,ainda vivo e pronto para assumir,que criaram leis cada vez mais exorbitantes para limitar que tipo de arma e calibre o Povo podia ter só para consolidar suas tiranias que nunca tiveram rivais à altura.