Em 22 de Outubro de 2014, em Ottawa, no Canadá, uma pessoa ataca um memorial militar, matando um guarda cerimonial, e depois entra no prédio do Parlamento atirando.
O frenesi da mídia americana é instantâneo. Ainda não se sabe o que está acontecendo direito, mas a sede de sangue dos âncoras e repórteres é evidente. As emissoras de TV tem que mostrar o máximo de imagens chocantes e sensacionalistas, que muitas vezes nem são do local, para poder captar o máximo de atenção. Teses claramente pré fabricadas são jogadas no ar. É nítido o tom quase uniforme, já empacotado e pronto para esses casos. Com certeza mais um maluco com seu fuzil que dispara raios atômicos quer matar o máximo de pessoas. O foco na arma é obsessivo. A mensagem vai sendo passada aos poucos, a arma é a culpada.
Acompanhei o caso no site da CNN, que é descaradamente anti armas, já sabendo o que esperar. Em menos de 30 minutos do ataque terminar, já havia um artigo extenso sobre leis de armas no Canadá. Nesse artigo “especialistas” comentando sobre a facilidade de comprar uma arma no Canadá.
Mas aí a casa começou a cair. Identificaram o “atirador maluco” como um convertido ao Islã, com fortes conexões com terroristas internacionais, e que planejava viajar para se juntar à luta armada em algum país do Norte da África ou Oriente Médio. Não pôde, pois foi incluído numa lista de banidos de voos. Resumo da ópera, não é mais um maluco, é um ataque terrorista. Um típico caso de terrorismo “lone wolf”. Terrorista que age sozinho, como aqueles homens bomba suicidas, que tem se proliferado pelos EUA e Canadá.
Mais detalhes continuam aparecendo. O terrorista só foi parado quando um outro guarda cerimonial atirou três vezes com sua pistola 9mm, que teve que retirar de um armário trancado, evitando uma tragédia maior. Ou seja, o mantra dos pró armas em ação, uma pessoa ruim armada só pode ser parada por uma pessoa boa armada.
O artigo da CNN que eu li a respeito das leis de armas no Canadá magicamente desaparece.
Teoria da conspiração? Não. A CNN já tinha tudo preparado. Faz parte da estratégia deles, ter um pacote pronto para explorar ao máximo uma tragédia. Atraem mais pessoas no site deles, e mais pessoas acompanham seu canal de TV. Isso gera mais comerciais, mais ads, mais dinheiro. Não passa de um negócio, que não é de informar, mas de vender notícias, mesmo que descaradamente falsas ou com viés absurdo. É a mistura de sensacionalismo barato com a ideologia do politicamente correto.
Se vocês acham que a mídia americana é diferente da brasileira, estão enganados. Grande parte da mídia americana é tão sensacionalista e canalha quando a brasileira. O viés é fortemente anti armas, principalmente em canais de TV. Existem pouquíssimas exceções, como a Fox News, que também tem sua agenda. Mas em geral, a mídia americana segue a mesma cartilha da mídia brasileira.
Só tenho uma certeza, esse comportamento da mídia continuará enquanto a estratégia deles funcionar. Porém há uma luz no final do túnel. Canais de TV estão perdendo audiência, e muita, para a internet. Essa pode ser a salvação dos seres pensantes, os que tem a capacidade de mudar de opinião. Muitas pessoas já utilizam a internet como seu principal meio de obter notícias. A tendência é só aumentar. Na internet os grandes conglomerados da mídia não tem a mesma força do que na TV. Aqui qualquer pessoa consegue lançar um canal no YouTube, ou um blog , ou uma página no face. Aqui os canalhas e mentirosos são desmascarados. É aqui que nós, cidadãos comuns, podemos fazer história desmistificando o viés burro de grande parte da mídia em relação às armas de fogo.