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CALIBRE DA SEMANA: .38 SPL

por Ricardo M. Andrade
5 Minutos de leitura
.38 SPL

Esta semana falaremos um pouco sobre o famoso .38 SPL, seu nome original é .38 Smith & Wesson Special, foi introduzido em 1898 como uma melhora ao calibre .38 Long Colt, que se provou inadequado por não conseguir deter os guerreiros de Moro durante a guerra das Filipinas.

.38 Super Police

Antiga caixa de munição .38 Super Police da marca “Western Cartridge Company”.

Durante os anos 20, e em resposta as demandas de uma carga mais efetiva do calibre pelas forças policiais, uma nova munição foi criada pela “Western Cartridge Company” para atingir uma velocidade padrão. Esta variação do .38 SPL contava com um projétil de 200 grains ogival, foi chamado de .38 Super Police. Testes revelaram que projéteis mais longos e mais pesados que 200 Grains tendiam a se achatar após o impacto quando disparados a baixa velocidade. Ao mesmo tempo, as policiais britânicas resolveram adotar os revolveres em calibre .38 SPL em troca de suas armas em .455 e também testaram o mesmo projétil de 200 Grains, disparado de um revólver de cano curto da Smith & Wesson. Este calibre foi chamado de .38 S&W Super Police, ou, .38/200. Os militares britânicos adotaram mais tarde o .38/200 como calibre padrão de suas armas curtas.

3844

Revólver Smith & Wesson .38/44 Heavy Duty

Em 1930, a Smith & Wesson introduziu um revólver de cano mais longo, em 5″, com mira fixa, feito para o uso policial, o Smith & Wesson .38/44 Heavy Duty. No ano seguinte, uma carga ainda mais poderosa foi introduzida, o .38 Special Hi-Speed, com um projétil de 158 Grains de metal foi criado em resposta aos pedidos das forças policiais de um projétil que pudesse transpassar coletes balísticos. Neste mesmo ano a Colt anunciou que seu revolver Colt Official Police também serviria para esta munição.

O .38/44 Hi-Speed possuía três opções de peso de projéteis: 158 Grains, 150 Grains e 110 Grains. Revestidos de chumbo ou  com uma jaquetado. O calibre .38/44 conseguiu muita atenção da mídia e levou a Smith & Wesson a criar um novo calibre, uma munição .38 com uma cápsula mais longa, em 1934 foi criado então o calibre .357 Magnum.

38M41BALL

Caixa de munição .38 SPL BALL M41.

Em 1943, uma nova versão do .38 SPL foi criado pela Springfield Armory e adotado em alguns revolveres da Smith & Wesson. Uma nova versão do .38 SPL, para atender às “Regras de Batalha Terrestre” (Rules of Land Warfare), o novo calibre .38 militar tinha um projétil de 158 Grains com uma velocidade padrão de 260 m/s em um revólver com o cano de 4″. Durante a guerra muitos fuzileiros navais receberam revólveres em .38 SPL com munição traçante, seu propósito era de sinalização emergencial.

Em 1956 as Forças Aéreas norte americanas adotaram o calibre .38 Ball M41, uma variante militar do .38 Special, criado também para atender as Regras de Batalha Terrestre. O .38 BALL M41 original usava um projétil de 130 Grains FMJ – Jaquetado – (Full Metal Jacketed), com uma carga que atingia apenas 90 MPa, tendo uma velocidade na boca do cano de aproximadamente 221 m/s quando disparado de um revólver com 4″ de cano. Esta munição foi criada com o intuito de prolongar a vida do Smith & Wesson M12 e do Colt Aircrewman, com o tambor e corpo feito em alumínio.

aircrewm12

A esquerda revólver Colt Aircrewman em .38SPL BALL M41 e à direita um Smith & Wesson M12 no mesmo calibre.

Em resposta a reclamações continuas em relação a ineficácia do .38 SPL, as fábricas de munição começaram a experimentar cargas mais fortes e com mais pressão (18,500 CUP), foi criado o então conhecido .38SPL +P. Em 1972 o FBI começou a usar revolveres em .38 SPL +P como arma padrão de seus agentes, e este calibre ficou então conhecido como “FBI Load“. O “FBI Load” combinava uma carga mais forte com um projétil de 158 Grains , sem jaqueta, ponta oca (Hollow Point ou HP). Este variante se provou satisfatório para cessar o inimigo quando usado em revólveres de 2″ a 4″ de cano. O .38 SPL +P  e foi depois adotado pelo Departamento de Polícia de Chicago e inúmeras outras agencias de polícia.

Para suprir a demanda de uma carga ainda mais poderosa, foi criado então o .38 SPL +P+. Introduzido ao mercado primeiramente pela Winchester e Federal. Originalmente taxada como “Apenas para uso policial” a munição em +P+ foi projetada para revolveres mais robustos em .38SPL ou para revolveres em .357 Magnum, já que os níveis de pressão são muito altos e podem estragar as armas que não tem tanta robustez assim.

 

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3 Comentarios

Anderson Despachante 25/06/2016 - 23:53

Sr Ricardo sou Despachante aqui no rio de janeiro e grande admirador de armas de fogo , são pessoas assim como sr que nos deixa mas informados e mas centralizados naquilo que nos admiradores de armas gostamos um FORTE ABRAÇO

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Ricardo M. Andrade 27/06/2016 - 11:39

Obrigado pelos elogios amigo. São comentários como os do senhor que nos motivam a continuar fazendo nosso trabalho. Um abraço

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Erick Tamberg 27/10/2016 - 19:02

Observação: o .38 SPL “Super Police” e o .38-200 inglês não são o mesmo cartucho.
Ambos usavam o mesmo projétil de 200 grains, mas o .38-200 usava o estojo do .38 S&W (“Curto”), não o do .38 SPL.

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